Ao ouvir este trabalho da banda notas-se que toda " pompa e circunstância " ( ou seja efeitos, coros de 40 vozes e uma orquestra de 20 integrantes em gravações anteriores, agora estão descartados ); alguns efeitos ainda existem, afinal, a banda conta com o excelente tecladista Jens Johansson, porém, estão muito mais calmos e discretos, agora a banda pratica neste disco um heavy metal melódico sim, porém, muito mais básico ao estilo de Episode e Visions.
Confesso que ao ouvir o disco pela primeira vez estranhei a primeira faixa Maniac Dance pelo fato de ser heavy tradicional bem anos 80, e, como disse, para quem se acostumou com a sofisticação vista nos "Elements" vai estranhar um pouco, mas como ela fica na memória facilmente, vai acabar gostando. A segunda faixa é Fight!!! um heavão melódico rápido e com levadas ótimas na bateria de Jorg Michael.
Just Carry On, a terceira e empolgante faixa, com letra sobre se reerguer após os vários " tombos da vida ", é mais hard rock e não preciso dizer que novamente lembra anos 80, atente seus ouvidos para os belos solos de Timo Tolkki ( agora que ele se recuperou de sua insanidade, ele mostra quão é fantástico guitarrista ).
Com um começo maravilhoso, temos Back To Madness que Timo Tolkki faz um excelente solo em sua guitarra, já Timo Kotipelto canta maravilhosamente, temos trechos que parecem uma ópera e que chegam até a lembrar alguma coisa dos "Elements". E peço para que atente seus ouvidos para os teclados nesta faixa, é algo digno de um mestre como Jens Johansson. A letra é sintomática e conta como Tolkki se sentiu no hospital psiquiátrico onde esteve internando, pois a parte com vozes de ópera eram semelhantes as vozes que em seus momentos insanos, diziam-lhe para cometer suicido.
Gypsy in Me - iniciada com uma introdução a la Dream Theater, este grudento heavy melódico, escrito por Timo Kotipelto e deverá figurar nos shows pelos ótimos solos de guitarra. Mas eu disse que as coisas acalmaram? bem a épica e excelente sexta faixa do disco Gotterdammerung ( Zenith of Power ), e diga-se de passagem uma das melhores, conta com trechos de um discurso de Adolf Hitler e só por isso já causou uma polêmica. Claro que a música é contra o nazi-facismo, mas... !!!
Depois temos a linda e ótima balada The Land Of Ice And Snow que muitas garotinhas a considerarão a melhor música do disco e não estarão totalmente erradas pois Timo Kotipelto canta sobre a Finlândia e mostra tudo que é capaz de fazer com sua bela voz. Começando com uma leve lembrança de "Elements" - Leave The Tribe é um heavy pesado típico à banda mas mostra influências de prog-metal. E para fechar United para mostrar como o Stratovarius deve seguir, unido, e segue a linha da anterior, num prog metal cadenciado com uso de teclados e riffs ótimos muito bons mesmo de se ouvir.
"Baladas pop? Naipe de metais? Grunge? Isso é mesmo Helloween?"
Impossível não ter tais pensamentos em mente quando da primeira audição deste que é tido pela massiva maioria dos fãs como o pior da banda. Mas, como sempre, não é essa minha opinião (tal "honra" pode ser dividida entre os dois últimos e pouco inspirados discos, "Dark Ride" e "Rabbit Don't Come Easy").
A faixa de abertura "First Time" é empolgante, um heavy semi-pop, continuando o mesmo direcionamento do álbum anterior, o excelente "Pink Bubbles Go Ape". Emenda com a estranhamente agradável e pop "When The Sinner" (que ganhou um clipe bem legal), com direito a um naipe de metais no refrão, onde a única coisa dispensável é o saxofone que encerra a música. Na seqüência, "I Don't Wanna Cry No More", bela homenagem de Roland Grapow a seu falecido irmão. Em "Crazy Cat" voltam os metais, logo na introdução...
Ao longo do disco, vemos a banda arriscando e atirando pra todos os lados: progressivo ("Music"), acústico (na ótima "In The Night"), hard-pop (na também boa "Step Out Of Hell"), baladinhas ("Windmill"), grunge ("Revolution Now", com direito a um efeito legal imitando estalos do vinil) e por aí vai...
É, os alemães piraram mesmo... mudaram de vez... não necessariamente pra melhor, mas pelo menos eles arriscaram e ousaram um pouco, coisa que hoje em dia, pelo jeito, nem passa na cabeça dos rabugentos e acomodados Michael Weikath e Marcus Grosskopf... Saudades desses tempos...
Como é muita ruindade pra um clipe só, eu convido o leitor deste blog(se é que exista algum) a "dissecar um clipe". Vou fazer uma lista de fatos importantes que aparecem no clipe pra não percamos nenhum detalhe. Vamos ver agora "Holy Smoke" do Iron Maiden, que é dirigido pelo baixista Steve Harris, o que prova que ele deve continuar se aventurando apenas como chefão da Donzela.
0:01 - O baterista pergunta se pode começar, Harris faz com a cabeça que sim! Agora vem pauleira!
0:04 - Os artistas estão sorridentes, com certeza sabendo que o clipe vai sair uma merda e que é melhor se divertir mesmo.
0:27 - Bruce Dickinson de cabelo grande (que lástima, ele era assim mesmo) grita um "BÚLive!" contagiante, abrindo os braços, no meio de um jardim florido amarelado, e com uma camisa rosa... E isso é só o começo!
0:32 - Bruce trepa na árvore pra cantar numa pose épica.
0:37 - Agora ele se empolga de um jeito que é bonito de ver!
0:41 - Steve toca baixo de regata amarela e shortinho da Seleção de 58. Numa caminhonete em movimento!
0:48 - Um grupo de groupies alisam um gordo cabeludo qualquer, e têm nojo dele.
0:50 - Um grupo de religiosos solta a holy smoke pela boca. Atentem pros seus dentes estragados.
0:52 - Steve toca no campinho mostrando sua perna torneada.
0:56 - Bruce faz gestos estranhos com a mão no jardim florido, e ainda consegue ser mais macho que o Restart!
1:00 - A banda posa pra foto e Bruce dá uma virada de cabeça com uma expressão de vencedor.
1:03 - Bruce faz uma mímica espetacular onde fuma cigarro e joga fora. Daqui a pouco vocês verão Bruce assim:
1:08 - Bruce canta todo animado no estúdio e logo faz sinais de "positivo", fazendo uma propaganda subliminar da marca de Informática. Depois ele abaixa como nos desenhos animados. 1:24 - Agora ele imita Adolf Hitler com sua mímica estupenda. 1:27 - As groupies continuam alisando o gordo cabeludo na maior má-vontade do mundo. 1:30 / 1:37 - Tem muitas coisas a se comentar... 1:37 - Um projeto de guitarrista toca um projeto de guitarra numa piscina. 1:48 - Bruce assopra a câmera e aterroriza os espectadores do clipe... (o.O) 2:04 - Hora do solo e Steve puxa a orelha do seu motorista... PRA QUE?! 2:06 - Bruce limpa a câmera com expressão de psicopata que comeu no McDonalds. Depois pula, mostra seu peito cabeludo e mergulha no jardim.